segunda-feira, 25 de março de 2013

A Crise em Portugal


Lagos, 25 de Março de 2013
sobre A Crise em Portugal 
Estamos num tempo de mudança de paradigma. Os EUA, a Europa e consequentemente Portugal têm vindo a situar-se numa posição de liderança e com as melhores condições de vida relativamente ao resto do mundo e isto já há vários séculos. Atualmente têm vindo a surgir economias, ditas emergentes, onde começam a liderar a China, a Rússia (com a Comunidade dos Estados Independentes CEI), o Brasil, por esta ordem. Estes países têm uma ideologia próxima, objectivos a alcançar, espaço e condições para prosperar e expandir-se.
Os Estados Unidos, a Europa e consequentemente Portugal, por estarem no topo, têm muitas restrições comparativamente aos países emergentes e, por isso ficam sem capacidade de manobra, resiliência e com necessidade de retroceder e retroceder significa perder privilégios.
Uma crise financeira e na construção civil nos EUA desencadearam crises por toda a Europa e grandes perdas no consumo por falta/diminuição nas suas fontes de receita e que obrigaram/obrigam a uma mudança brusca de paradigma. Em Portugal, esta mudança brusca de paradigma tem vindo a ser utilizada para transformar a sociedade portuguesa social-democrata com três níveis sociais onde a classe média é o nível mais alargado numa sociedade portuguesa ultraliberal, dualista com uma classe alta restrita, muito rica, de empresários e quadros superiores do sistema que compra principalmente bens importados, de marca, de luxo e uma classe muito alargada de pobres e muito pobres com um poder de compra muito limitado; atualmente já nos situamos nos últimos lugares, exactamente no terceiro lugar a contar do fim, só acima da Roménia e da Bulgária e também uma sociedade de castas, isto é, sem permeabilidade entre estas classes.
Acresce a isto, sermos governados para diminuir o défice drasticamente sem qualquer atenção ao que se passa na sociedade e termos uma sociedade civil que finalmente tem vindo a ficar cada vez mais organizada, mas que se sente refém dos compromissos assumidos pelo crédito que obteve e vai obtendo e sem o qual já no tempo do Governo Sócrates teria ido à bancarrota e continua a necessitar desse crédito ou via empréstimos bancários ou via obrigações do Tesouro na Bolsa de Valores Internacional para o seu dia-a-dia do Estado e do funcionamento da economia.
Têm sido feitas algumas asneiras devido à cegueira do governo relativamente à sociedade portuguesa que têm tido como consequência até mesmo a dificuldade e não-obtenção dos níveis desejados do défice nas Contas Públicas. Este governo já alcançou muitos dos seus objectivos na diminuição dos privilégios dos trabalhadores também na Segurança Social, mas destruiu a coesão da população portuguesa, destruiu a população portuguesa e expulsou os melhores quadros de jovens portugueses para fora do país.
Os portugueses ainda aguentam? Há uns, escolhidos, quadros superiores na vida activa a quem nada disto afecta; há outros que têm vindo a sofrer cada vez mais restrições e já têm dificuldade em aguentar e há os desempregados com mais de 35 anos de idade que já não têm nada de nada, não têm nada a perder e já não aguentam mais.
Por outro lado, há sabotagem aos países da União Europeia e ao seu status quo, onde está incluído Portugal, que os põe ainda mais à deriva e sem perceber muito bem o que se passa enquanto tentam encontrar o novo paradigma que se lhes adeqúe. Pode-se destacar a greve nos portos portugueses, sendo as exportações a nossa tábua de salvação; a questão energética tão essencial para a Europa e da qual somos dependentes, as crises bancárias, a agitação social violenta, o enorme afluxo de imigrantes principalmente a Itália ... Aliás a Grécia, a Itália, Chipre por enquanto são os exemplos mais paradigmáticos de desgaste corrosivo ... E a barca segue!


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sábado, 2 de março de 2013

Cortes nas Forças Armadas


Lagos, 25 de Fevereiro de 2013
sobre Cortes nas Forças Armadas
Na minha condição de leiga nestes assuntos de Defesa e Segurança, gostaria de afirmar que, na minha opinião, a defesa e a segurança de um país, neste caso - Portugal, não podem estar sujeitas a linhas políticas e estratégias políticas dos diferentes governos que passam pelo país e muito menos podem estar sujeitas às suas dificuldades económicas e/ou financeiras. Mais do que os bancos, as Forças Armadas têm direito a esse tratamento de excepção porque estas precisam de estabilidade constante para se concentrarem nas sua funções que são essenciais para a independência/ legitimação/soberania de Portugal.
Acho que a Estratégia das Forças Armadas Portuguesas deve ter três vertentes: o próprio país, a União Europeia e a NATO. O orçamento do próprio país deve manter-se sempre proporcional ao que se exige às Forças Armadas de acordo com as dimensões do país, as suas condições geográficas e climáticas e há que aproveitar o que for possível dos fundos e orçamentos da União Europeia porque existem serviços e funções coincidentes e não se deve utilizar os orçamentos de Portugal para as questões europeias (já damos a nossa quota-parte como país-membro), mas utilizar esses orçamentos e fundos para melhorar as Forças Armadas Portuguesas (isso é aceitável em qualquer parte), pois há um mínimo necessário obrigatório que se precisa manter para salvaguardar o país também como país fronteiriço da União Europeia que é. É importante não esquecer a atlanticidade de Portugal e a sua centralidade face ao mundo que o torna muito especial e desejado. 
A Defesa e a Segurança de Portugal é um assunto das Forças Armadas Portuguesas; a Defesa e a Segurança da União Europeia é um assunto da cooperação entre os países-membros da União Europeia, da qual Portugal faz parte.
Esta é uma problemática das Forças Armadas Portuguesas, outra problemática das Forças Armadas é a racionalização dos seus meios pessoais e operacionais que está relacionada
com a quantidade de indivíduos nos vários sectores e níveis hierárquicos das Forças Armadas;
com a quantidade de equipamentos e tipos de equipamentos necessários para o território de Portugal;
com a renovação dos equipamentos nos prazos adequados a cada tipo para não ficarem obsoletos;
com a procura de sinergias em todas as áreas onde seja possível.
As Forças Armadas são a coluna vertebral de qualquer país e não podem ser negligenciadas se realmente houver patriotismo por parte de quem nos governa. É muito importante estar atentos ao que se passa próximo das nossas fronteiras e a nossa defesa passa por aí, mas não só. O World Trade Center foi totalmente destruído sem quaisquer movimentos estranhos nas fronteiras; os ataques no metropolitano de Madrid aconteceram sem quaisquer movimentos estranhos nas fronteiras de Espanha; grande parte do território do Mali foi tomado e formou governo sem que as Forças Armadas do Mali se manifestassem, depois é que pediram ajuda; o Egipto está a ficar um Estado antidemocrático sem que as fronteiras tenham sido atacadas, ...
Por outro lado, qualquer país precisa de um serviço militar obrigatório onde os mais aptos são instruídos nas técnicas e estratégias militares básicas dentro do número adequado às nossas condições e território, ficando depois em situação de reserva e contactáveis para o caso de qualquer eventualidade porque o fim da paz acontece quando menos se espera.


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