Ao ler este texto recordei-me
imediatamente da batalha de Alcácer Quibir em que D. Sebastião e os melhores e
mais competentes de Portugal perderam a vida e, como consequência, a
independência de Portugal. Transcrevo o texto de forma livre e em português
actual.
PDF pág 76 » CHRONICA DE D. MANOEL escrita por Damião de Goes
… com vento próspero chegaram ao Cabo de Santa Maria, onde
estavam esperando D. João de Menezes,
Conde de Vila de Tarouca na comarca da Beira, alguns navios do Algarve que
haviam de ir com ele e, aos capitães dos quais e os que iam com ele de Lisboa,
declarou então como por mandado do Rei D. Manuel e por regimento que para isso
levava consigo que o primeiro objectivo que tinham a realizar era pôr cerco a
Mazalquibir.
Seguindo dali viagem, chegaram ao porto deste castelo de
Mazalquibir e, por ser já tarde, mantiveram-se afastados do porto com intenção
de, no outro dia, pela manhã, alcançar o lugar, mas isto não foi possível porque
o vento era tão contrário que não os deixava chegar; assim andaram três dias,
nos quais os da terra se proveram do que lhes era necessário.
Tomado o porto de Mazalquibir, que foi num sábado, véspera de
Santiago, vinte e três dias de Julho, o Conde com toda a gente que lhe pareceu
necessário saiu das naus levando consigo a bandeira real, ficando ele no seu
batel porque os fidalgos da frota lhe pediram que não desembarcasse. Assim que
toda a outra gente, guiada pelos seus capitães, em boa ordenança foi tomar a
vila até aos muros e nestes puseram escadas sem que os de dentro lhes fizessem
nenhuma resistência, mas depois que os tiveram encravados e cegos no que
cuidavam fazer e os verem já andar como vencedores, espalhados ao redor
dos muros, saíram de dentro quatrocentos homens a cavalo, homens
que, pelo seu trajo, pareciam nobres e acompanhados de soldados peões,
os quais deram com tanto esforço nos nossos que, sem nenhuma resistência e com
muita desordem, os fizeram todos recolher aos batéis e, perseguindo-os, os
mouros mataram vinte, entre os quais alguns homens fidalgos. O Conde, desesperado
de não conseguir ganhar a vila, lhe pareceu escusado assaltá-la outra vez e com
parecer de todos os capitães determinou-se partir dali. Assim ficou decidido,
pelo que, D. João de Menezes despediu para o reino a frota que com ele viera para
conquistar Mazalquibir e ele seguiu a sua viagem.=
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1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho
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