Lagos,
25 de Fevereiro de 2013
sobre
Cortes nas Forças
Armadas
Na
minha condição de leiga nestes assuntos de Defesa e Segurança,
gostaria de afirmar que, na minha opinião, a defesa e a segurança
de um país, neste caso - Portugal, não podem estar sujeitas a
linhas políticas e estratégias políticas dos diferentes governos
que passam pelo país e muito menos podem estar sujeitas às suas
dificuldades económicas e/ou financeiras. Mais do que os bancos, as
Forças Armadas têm direito a esse tratamento de excepção
porque estas precisam de estabilidade constante para se concentrarem
nas sua funções que são essenciais para a independência/
legitimação/soberania de Portugal.
Acho
que a Estratégia das Forças Armadas Portuguesas deve ter
três vertentes: o próprio país, a União Europeia e
a NATO. O orçamento do próprio país deve manter-se sempre
proporcional ao que se exige às Forças Armadas de acordo com
as dimensões do país, as suas condições geográficas e climáticas
e há que aproveitar o que for possível dos fundos e orçamentos
da União Europeia porque existem serviços e funções
coincidentes e não se deve utilizar os orçamentos de Portugal
para as questões europeias (já damos a nossa quota-parte como
país-membro), mas utilizar esses orçamentos e fundos para melhorar
as Forças Armadas Portuguesas (isso é aceitável em qualquer
parte), pois há um mínimo necessário obrigatório que se
precisa manter para salvaguardar o país também como país
fronteiriço da União Europeia que é. É importante não esquecer a
atlanticidade de Portugal e a sua centralidade face ao mundo que o
torna muito especial e desejado.
A
Defesa e a Segurança de Portugal é um assunto das Forças Armadas
Portuguesas; a Defesa e a Segurança da União Europeia é um assunto
da cooperação entre os países-membros da União Europeia, da qual
Portugal faz parte.
Esta
é uma problemática das Forças Armadas Portuguesas, outra
problemática das Forças Armadas é a racionalização dos
seus meios pessoais e operacionais que está relacionada
com
a quantidade de indivíduos nos vários sectores e
níveis hierárquicos das Forças Armadas;
com
a quantidade de equipamentos e tipos de equipamentos
necessários para o território de Portugal;
com
a renovação dos equipamentos nos prazos adequados a cada tipo para
não ficarem obsoletos;
com
a procura de sinergias em todas as áreas onde seja possível.
As
Forças Armadas são a coluna vertebral de qualquer país e não
podem ser negligenciadas se realmente houver patriotismo por
parte de quem nos governa. É muito importante estar atentos ao que
se passa próximo das nossas fronteiras e a nossa defesa passa por
aí, mas não só. O World Trade Center foi totalmente destruído sem
quaisquer movimentos estranhos nas fronteiras; os ataques no
metropolitano de Madrid aconteceram sem quaisquer movimentos
estranhos nas fronteiras de Espanha; grande parte do território do
Mali foi tomado e formou governo sem que as Forças Armadas do Mali
se manifestassem, depois é que pediram ajuda; o Egipto está a ficar
um Estado antidemocrático sem que as fronteiras tenham sido
atacadas, ...
Por
outro lado, qualquer país precisa de um serviço militar obrigatório
onde os mais aptos são instruídos nas técnicas e
estratégias militares básicas dentro do número adequado às
nossas condições e território, ficando depois em situação de
reserva e contactáveis para o caso de qualquer eventualidade porque
o fim da paz acontece quando menos se espera. ❐
Os meus filmes
1.º
– As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º
– O Cemitério de Lagos
3.º
– Lagos e a sua Costa Dourada
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