Lagos, 23 de Setembro de 2015
sobre A Dívida Pública Portuguesa
A dívida pública portuguesa atingiu os níveis que atingiu
pelos governos socialistas portugueses que apostam na despesa pública como
criação de emprego e aumento do consumo. Nada mais falacioso! E a situação que
Portugal tem vindo a viver demonstra-o claramente.
Ouve-se criticar o Governo pelo grau de austeridade imposto
quando devemos ir sempre às causas e as causas desta austeridade têm a ver com factores externos como as fraudes bancárias que ocorreram nos Estados Unidos
resultantes de toda uma política fraudulenta de crescimento económico à base
do crédito privado, pessoal e de bens de consumo que se propagou por toda a
Europa. Essa política ruinosa porque fraudulenta levou à crise na construção
civil e à crise bancária porque a banca estava sobrecarregada de créditos
principalmente à habitação. Quando a crise rebentou, porque o período de vida
de fraudes é sempre curto e todo o processo está montado para derrubar os mais
fracos economicamente, as finanças dos outros níveis sociais balançam, mas
aguentam porque têm reforços noutros países; só que a economia de um país está
já bastante dependente e cada vez mais das economias dos outros países porque
vivemos numa aldeia global e não há retrocesso possível (por isso cada vez há
menos espaço para fraudes e políticas fraudulentas porque estas arrastam todas
as economias e ninguém fica imune) as empresas mais fracas faliram, a banca mais
fraca faliu e a outra cortou no crédito, apostando apenas no crédito seguro,
isto é, aquele que tem retorno seguro.
Relativamente a factores
internos, o problema de Portugal foi que o Governo português socialista aderiu
a esta política de crédito americana e contraindo empréstimos e lançando
obrigações do Estado português sem qualquer limite, aumentou enormemente a
dívida pública em áreas sem retorno, isto é, não se tratou de investimento
público com retorno, mas sim de contrair dívida para consumo, sendo este construção
de estradas e auto-estradas não necessárias com a justificação na União
Europeia de que iriam ter portagens que pagariam os empréstimos; só que
as populações reclamaram e o partido socialista precisava dos votos e foi
retirando as portagens. As portagens que conseguiram não ser abolidas as
populações e empresas evitam-nas porque são incomportáveis para os seus
orçamentos e as receitas das portagens ficaram muito aquém do mencionado porque
afirmar que as receitas vão ser deste ou daquele valor e orçamentar com base
nisso é fácil, depois os valores reais mostram a ignorância e dolo do que foi
feito. Além disto, seguiram-se contratos ruinosos para o Estado Português, mas
que beneficiavam bastante as empresas que ficaram com as concessões; empresas
de amigos e conhecidos partidários e de outras associações e empresas, tudo
apoiado por contratos estatais. Todos os outros foram postos de parte.
Assim se passou também na informatização das escolas;
passou Portugal a ser o país com mais escolas informatizadas da Europa. Os tais
amigos e conhecidos ganharam bastante, mas a dívida pública cresceu bastante também
e todo o material informático das escolas ficou a degradar-se abandonado porque
consumia muita electricidade que as escolas não tinham orçamento para pagar e
os professores não se sentiam à vontade a trabalhar com este material. Mais uma
vez, o rácio (estatística) não corresponde à realidade.
Chamaram-se quadros superiores portugueses para o ensino
superior e investigação. Passados poucos anos a maior parte voltou a sair
porque o país não lhes dava as condições logísticas, financeiras e não há o
mecenato português para terem as condições adequadas para trabalhar, mas foram
feitos os gastos públicos e o crédito aumentou sem ter retorno.
E mais, muito mais… tudo dentro da mesma onda.
Acrescentando a isto, dívida pública que vencia e
que era necessário pagar.
Assim Portugal, em 2010, 2011 apanhou o rebentamento da
onda da crise americana com créditos
existentes enormes públicos, empresariais e pessoais sem possibilidades de
pagar devido à falência de muitas
empresas da construção civil e ao desemprego
consequente em vários sectores por arrasto que alastrou por todo o país e por
toda a Europa e consequente diminuição
das receitas do Estado.
Como continuar a manter a mesma despesa do Estado em
funcionários, pensões, apoios…?
Como aumentar a despesa pública na reparação, construção de
casas e prédios para alugar a preços reduzidos, fazendo obras públicas? Lançando
mais obrigações do Estado Português no mercado de capitais internacional? A que
taxas de juro? Pagáveis como?
O Governo Sócrates pediu empréstimos e lançou obrigações a
taxas de juro que chegaram a ser à volta dos 20%. O Governo Sócrates culpa a oposição por ter chumbado o PEC4. O
PEC4 não tinha condições para fazer face aos compromissos a pagar com a dívida
pública. É mais uma falácia do partido socialista. Como teríamos sobrevivido
sem o empréstimo da Troika em tranches a juros tão baixos comparados com os que
estávamos a pagar e as suas condições?
Quem teria feito melhor no geral do que o Governo Passos
Coelho – Paulo Portas tem feito, incluindo a credibilização de Portugal no
estrangeiro?
NINGUÉM, ninguém mesmo!
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