sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sim ao Euro ou sim ao Escudo

Lagos, 28 de Novembro de 2011
Sim ao Euro ou sim ao Escudo
Grande polémica vai por este país sobre se sim ao Euro ou sim ao Escudo e eu pasmo.

Ainda há tão poucos anos foi criado o Euro!

Agora as razões (motivos) para se voltar ao Escudo são as mesmas que se utilizaram para aderir ao Euro. Quem não se lembra, mesmo os da última geração, os jovens, dos problemas inerentes à inflação:

1- muitas notas, mas cada vez se comprava menos com elas e porquê?

Sem haver aumento da produtividade o Banco Central de Lisboa produzia mais moeda (e notas); então as por exemplo 1000 notas atuais tinham o mesmo valor que as 100 anteriores. Logo poder-se-ia ter mais dinheiro na carteira, mas comprava-se muito menos do que se comprava anteriormente. Logo ganhava-se o mesmo ou um pouco mais, mas quem não tinha bens estava cada vez mais pobre. Isto porque o Banco Central de Lisboa não precisava de anunciar ao povo que tinha lançado no país mais notas e moedas. Então quando as empresas aumentavam os salários depois de muita insistência dos sindicatos, elas sabiam que poderiam aumentar até um certo um ponto que os trabalhadores ficariam na mesma com menos poder de compra, mas felizes porque os seus salários tinham sido aumentados nominalmente apenas e os sindicatos falavam em salários nominais e salários reais. Por outro lado, quem tinha bens (de valor ou não) poderia vendê-los por um preço muito superior, descontando a inflação que é, muito simplesmente, em maior ou menor escala, o lançamento em circulação de meios de pagamento para além das necessidades do movimento económico.

Esta acção pode ser benéfica e mesmo necessária quando feita em pequena escala e com rigor e porquê? Há sempre dinheiro a sair do país: emigrantes que, quando se deslocam ao seu país levam a moeda do país onde trabalham para cambiar no seu próprio país; há turistas que levam dinheiro do país visitado para guardarem para recordação; há coleccionadores; há paraísos fiscais; há a corrupção que lava este dinheiro fora do país; … Então vai havendo cada vez menos moeda a circular no país e periodicamente o Banco Central do país emite moeda que lança para o mercado através do bancos de que nós somos clientes para colmatar esta falta. Assim não se sente a falta do dinheiro que saiu e a inflação é diminuta, não provocando nem aumentos de salários nem aumentos nos preços.

Agora o que se passa atualmente é bem diferente. Não há dinheiro a circular no país, na Europa, isto é, os bancos de que somos clientes não têm dinheiro porque há problemas muito graves a acontecer:

1- Há os paraísos fiscais que absorvem muito dinheiro europeu e aqueles encontram-se fora da Europa; logo esse dinheiro não circula na UE. Pode circular noutros países, mas não na UE.

2- O Euro incomodou muita gente porque veio desafiar o dólar que era a moeda internacionalmente aceite e moeda corrente em bastantes países. Isso fez com que se elaborassem estratégias para fazer o euro cair e o dólar voltar a ganhar o seu poder, pois o câmbio faz perder muito dinheiro.

A UE veio desafiar os blocos instituídos e os blocos emergentes e atacando a moeda – Euro – enfraquece-se também o próprio bloco – União Europeia. Como? retirando moeda do mercado. Vários têm sido os meios: emigrantes, facilitando o crédito e o endividamento exageradamente, os paraísos fiscais, exportando e não importando, …

Então o normal seria a União Europeia lançar em circulação meios de pagamento para além das necessidades do movimento económico. Depois o que fazem aqueles que retiveram enormes quantidades de Euros? Lançam-nos na União Europeia através dos seus emigrantes, turistas, concedendo créditos vantajosos e então o que acontece? Quem tem esses Euros faz compras: compra bens móveis e imóveis como empresas, bancos, … passa a dominar a economia, as finanças, … passa a dominar a União Europeia. Quando o país, UE superabunda de moeda que medidas tomam os governos? Promovem a subida dos preços e instala-se a inflação desordenada, sem controlo.

Claro que tudo isto são apenas suposições, mas é assim que se faz o dia-a-dia de todos nós.

A União Europeia pediu aos países emergentes que lhes comprassem dívida soberana, mas não é a altura adequada para quem quiser fazer algo de grande vulto. Esperam que primeiro os Bancos Centrais produzam e lancem quantidades de Euros nos países da União Europeia para suplantar a falta de moeda que atualmente existe. Depois sim, a Europa ficaria a nadar em Euros nas mãos de alguns que passariam a fazer muitas compras.(parece-me)


Os meus blogues

http://www.psd.pt/ Homepage (rodapé) - “Povo Livre” - salvar (=guardar)

Sem comentários:

Enviar um comentário