Hoje
venho partilhar convosco leituras que realizei em 2011, mas que me
parecem ainda atuais. Espero que possam ser úteis a alguém.
in
revista EXAME n.o320
de Dezembro de 2010; editora IMPRESA Publishing, Lisboa.
“Pensamentos
(úteis) para a arte de gerir”; texto de Joana
Madeira Pereira; pp.90-92.
Paulo
Moura, mestre em Ciências Empresariais e autor da obra Persuacção
– o que não se aprende nos cursos de gestão e assessor da
administração da empresa Pavigrés Cerâmicas, "a
gestão das organizações perde-se numa compartimentação de
saberes, característica da sociedade atual. A gestão –
nomeadamente em processos de mudança – não se restringe a uma
alteração pontual que possa surgir desgarrada das questões e dos
valores que interessa salvaguardar.
Carlos
Leone, filósofo e professor na Universidade Nova de Lisboa, acredita
que a "especialização das disciplinas em áreas e subáreas
cada vez mais específicas permitiu avanços imensos dentro de cada
domínio, mas implicou uma crescente ignorância mútua até à
incomunicabilidade. O resultado é a incapacidade de pensamentos
filosóficos influenciarem doutrinas económicas mesmo quando usam o
mesmo vocabulário. Hoje os economistas e gestores profissionais
estão cientes e não se envergonham da dimensão ética, política e
cultural dos seus temas de eleição.
A
filosofia, a economia, a medicina procuram uma possibilidade de
previsão e de antecipação que permitam a identificação de
sintomas do que está mal e depois a sua supressão. As suas armas
são o diagnóstico, a estratégia e a capacidade tática de agir e
poder intervir cirurgicamente em circunstâncias adversas."
explica o filósofo António Caeiro.
Responsabilidade
social e desenvolvimento sustentável são indispensáveis em
qualquer estratégia empresarial. Já Aristóteles referia que a
coragem está entre a cobardia e a temeridade. Acreditava que o homem
aprende e cultiva hábitos. Assim os trabalhadores podem ser formados
para as boas práticas empresariais desde a mera pontualidade ao
respeito pelos clientes e pelos stakeholders (accionistas).
As pessoas procuram no trabalho (e nas relações pessoais)
felicidade, satisfação, sentido e realização.
Aos
gestores do século XXI, segundo Paulo Moura, espera-se que saibam
justificar as suas decisões, fundamentar os seus pontos de vista e
explicá-los aos seus subordinados, superiores e colegas.
Frequentemente em vez de diálogos existem monólogos
alternados, mas a argumentação é o motor da mudança e
evolução empresariais, não existindo confronto de argumentos e
soando apenas a voz autoritária do chefe, criam-se resistências e
aversões.
Segundo
as regras da retórica aristotélica se um participante num diálogo
argumentativo aceita as premissas que são apresentadas pelo
interlocutor (chefe), então deve aceitar a conclusão. No contexto
da mudança organizacional, o diálogo argumentativo não pode
terminar com a simples conclusão. O fim último tem de ser
necessariamente a decisão para acção.
As
empresas em época de mudança vêem-se transformadas em arenas de
instabilidade à custa de fusões, reestruturações e operações de
downsizing.
Torna-se necessário cada vez mais a fundação em valores sólidos
que permitam uma adesão racional à mudança quer por parte dos
decisores quer por parte dos seus colaboradores.
Para
as organizações, fidelizar clientes mais imprevisíveis implica uma
capacidade de inovação muito maior. Enquanto a velha economia se
baseava na produção em massa para responder às necessidades dos
consumidores; a nova economia exige estratégias inovadoras para
chegar aos desejos e sonhos dos clientes.
A
noção de finitude: não se pode ser tudo ao mesmo tempo para todas
as pessoas. Escolher o que se quer ser e fazer implica
escolhas difíceis. Pode-se preferir uma estratégia de baixos preços
ou optar por produtos de elevada qualidade, mas não se pode ter
as duas coisas. Os executivos devem assumir que as empresas não
são eternas. É necessário encontrar diariamente novas formas de
desenvolver o negócio.❐
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in
revista EXAME n.o316
de Agosto de 2010; editora IMPRESA Publishing, Lisboa.
“De
embaixadora a empresária”; texto de Manuela
Goucha Soares; pp.98-99.
(...)
em Setembro de 2009 já tinha a empresa Minerva Lara – Latin
America Business constituída.
"Portugal
poderia estar muito melhor em termos económicos se soubesse explorar
melhor o tema – mar. Com uma costa tão grande como a
que vocês têm, a vossa estratégia de desenvolvimento deve passar
pelo mar; provavelmente os portos portugueses praticam preços
demasiado elevados e por isso são menos competitivos do que os
espanhóis. As estatísticas de comércio com a América Latina estão
mal feitas porque a maior parte dos produtos entra pelo porto de
Vigo. Portugal tem todas as condições para ser o grande porto de
entrada na Europa.
Além
do mar, Portugal deveria apostar mais na promoção do vinho, do
azeite e do turismo. São três áreas em que vocês podem marcar a
diferença e que não estão a ser promovidas como deveriam ser.
O
Panamá, como o Equador e El Salvador, usa o dólar americano.
O
grande erro dos portugueses e pode ter custos para o futuro, é o
facto de os portugueses discutirem muito as pessoas e falarem
pouco de projectos. A política económica não pode ser
mudada cada vez que muda o Governo."❐
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1.º
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